segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ESTALAGEM ANAUÁ - JAPARATINGA -AL.


Japaratinga dos meus amores! Este lugar mora no meu coração. É o local onde sempre procuro terminar minhas férias. Onde encontro o merecido descanso depois de "turistar" Brasil afora. 

                           

É um paraíso de águas calmas e azuis. Tem a tranquilidade de uma cidade interiorana e a beleza do litoral alagoano. Lá encontro as delícias do mar, as caipiroscas de frutas da estação e uma ”rede preguiçosa pra deitar”.

                      

É lá que me deleito com os guaiamuns e os caldinhos da Choupana do Guaiamum, com o filé de aratu refogado na cebola e alho do Rei do Polvo. E as delicias do Caiuia (tem um post exclusivo para ele aqui).

Adooooooro!!!
                     
                     

Em Japaratinga encontrei a Estalagem AnauáCheguei até ela em 2012, através do Hotel Urbano. Voltei em 2013 e pretendo voltar algumas vezes em 2014! Simples, aconchegante e confortável. Acomodações com  ar condicionado, tv de LCD, cama box, lençóis e toalhas limpos e macios. http://www.estalagemanaua.com.br/


                       

A Estalagem Anauá funciona como um anexo da Pousada Vila de Taipa, assim o hóspede pode utilizar a estrutura das duas. O café da manhã é servido a beira mar no restaurante Companhia da Lagosta que faz parte do grupo, localizado em frente à Vila de Taipa. http://www.viladetaipa.com/


                        

Para mim a Anaúa tem um diferencial que a colocou entre os meus locais favoritos, é o tratamento dispensado ao hóspede por Kenna Santos. Ela recepciona e cuida de nós com um zelo admirável. Simpática, atenciosa, cuidadosa com o bem-estar do hóspede. Sempre pronta a tornar melhor nossa estadia! Percebe-se que é uma profissional que tem prazer em fazer o que faz. Meu destaque e agradecimentos especiais para ela!


2012

Japaratinga e  Anauá eu SUPER-RECOMENDO! 

Eita, que deu foi saudades de tantas coisas boas!

2012




Piscina do Vila de Taipa (2012)

Deliciosos drinques servidos na piscina

Vai uma caipirosca de caju ou maracujá? No Caiuia tem!
Fotos: Erlah Moura

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

99 ANOS DE LOURO DO PAJEÚ - FESTA DE REI!




Este ano foi comemorado mais uma vez, em São José do Egito, o aniversário de Louro do Pajeú. Festa linda que dispensa comentários, pois reproduzo aqui o texto maravilhoso de Braulio Tavares, publicado no Jornal da Paraíba. Segue da forma que me foi apresentado no Facebook por Antonio Marinho:


Amigos e amigas,


já há alguns dias que penso numa forma de agradecer a todos os envolvidos direta e indiretamente na realização plena e extremamente exitosa da nossa FESTA DE REI - 99 ANOS DE LOURIVAL BATISTA. 
Foi bom não ter dito nada, porque chegou agora em minhas mãos este lindo texto de Braulio Tavares. Este poema em forma de artigo. Quem melhor do que alguém de fora, que entende como poucos o que se passa aqui, dentro do nosso reino, para testemunhar a força sempre nova da nossa gente e da nossa arte e elevar a vivência de homem e de poeta que Louro do Pajeú protagonizou e continua vibrando em cada verso e em cada coração de São José do Egito. Obrigado, Braulio! Obrigado, meu povo amado! Obrigado, Berço Imortal dos Cantadores e poetas!!!

Agora deliciem-se com esta pérola... que venha o centenário!!

Festa de Rei
No fim de semana passado, fiz uma coisa que só acontece raramente na vida da gente: realizar um sonho de quarenta anos, e ainda ganhar para isso! O “ainda ganhar” se deve ao fato de que viajei a trabalho, como parte da equipe do documentário “Bom dia, poeta”, que incluía Alexandre Alencar (direção), Amaro Filho e Cláudia Moraes (produção), Ivanildo Marques e Chapola Silva (fotografia e som). Eu fui como roteirista e entrevistador, além de poeta nas horas vagas. 
O sonho de 40 anos foi conhecer São José do Egito, que o pessoal chama (com certa discrepância geográfica) “a Meca da poesia popular nordestina”. Sem a grandiosidade da Kaaba ou das Pirâmides, São José é uma cidade de 30 mil habitantes que respira poesia como Florença respira artes plásticas, ou Nova Orleans respira jazz. Está na essência, na medula daquele povo; está no seu jeito de ser, de falar, de pensar, de interpretar o mundo e de estabelecer seus laços recíprocos de amizade e admiração. No mundo da poesia popular, chamamos de poeta (“bom dia, poeta!”) as pessoas de quem gostamos, que admiramos, que desejamos honrar e tratar bem. Nem todos são poetas, é claro, mas um bom leitor de poesia é mais importante do que duzentos poetas ruins.
A Festa de Rei era a comemoração dos 99 anos de nascimento de Lourival Batista, “Louro” (1915-1992), e um ensaio para a festa do seu centenário no ano que vem. Louro, com quem convivi entre 1975 e 1980, formou, com seus irmãos Otacílio e Dimas, a trinca dos irmãos Batista Patriota, três rochedos imbatíveis contra os quais oceanos inteiros de versos alheios se espatifaram inutilmente. Cada um com suas características; o forte de Louro era o trocadilho, a construção sinuosa e impecável de glosas que entraram para a História, o espírito escarninho e mordaz (principalmente nos desafios com seu grande amigo Pinto do Monteiro), e a alma de poeta, sem vaidades, sem egoísmos. Criou uma família enorme, cheia de artistas, muitos dos quais se revezaram no palco armado em homenagem ao mestre nos dias 4, 5 e 6 deste janeiro.
São José é símbolo de uma região, o Vale do Pajeú, numa área onde Pernambuco e Paraíba se penetram mutuamente, como o símbolo do Yin-Yang, e que engloba Tabira, Itapetim, Teixeira, Tuparetama, Sertânia, Afogados da Ingazeira, Água Branca, Carnaíba, Flores... A Serra do Teixeira e o Rio Pajeú são dois vetores essenciais dessa cultura da sextilha, do cordel, do mote e da glosa; e do repente, do flash instantâneo de percepção que cria uma piada, um trocadilho... Ninguém entenderá a poesia nordestina sem mergulhar nessa cultura gigantesca e quase invisível. É a ponta de um iceberg, e é maior que o Everest.

Meu coração faz morada em São José do Egito,  fiquei muito orgulhosa de participar desta festa e de sentir de pertinho seu resultado, pois pude ver como ela nasceu. Sem apoio do poder público local, foi resultado do esforço da família Marinho Patriota, com filhos, netos, genro, amigos homenageando Louro, a cultura, a poesia o repente e arrastando multidões da forma que aprenderam em casa, na mesa do café.

Obrigada, família! Obrigada, São José do Egito!

O povo, a cultura de São José do Egito EU SUPER, HIPER, MEGA, RECOMENDO!

Kelly Rosa
Cordas da Noite
As Severinas
Tonfil
Bia Marinho
Lucas e Orquestra dos Prazeres
Chico Cesar
Anchieta Dali
Bia Marinho e Anchieta Dali



Missa do Cantador, toda em poesia!